Rapidinhas televisivas – Outubro

Começo hoje um novo formato no Diário, para tentar manter as atualizações em dia sem que tenha que dedicar muito tempo a cada postagem. Nessas Rapidinhas (que poderão ser sobre TV, cinema e etc), vou condensar em um ou dois parágrafos minhas opiniões e análises sobre as estreias, novidades e términos de produções da telinha ou da telona.

Na estreia, vou resgatar algumas coisas das últimas semanas que ainda não comentei (e sei que vocês gostam).

Final de Novo Mundo e Os Dias Eram Assim

Chegaram ao fim em setembro a novela das 18h, Novo Mundo, e a das 23h, Os Dias Eram Assim – também chamada de supersérie. Enquanto a trama ambientada entre 1808 e 1822 foi sucesso do início ao fim, com atuações marcantes e trama bem escrita pelos estreantes Thereza Falcão e Alessandro Marson, a história de amor de Renato (Renato Góes) e Alice (Sophie Charlotte) tendo como pano de fundo a ditadura militar demorou a engrenar, mas atingiu audiência boa em sua reta final, com 31 pontos no último capítulo.

A média geral da supersérie foi de 21 pontos em São Paulo e 22 no Rio.  Em São Paulo, é a maior audiência da faixa das 23 horas. No Rio, ficou atrás apenas do remake de Gabriela, de 2012. Já o último capítulo de Novo Mundo atingiu 29 pontos no Ibope, com 44% de participação: a novela de Ângela Chaves e Alessandra Poggi ficou atrás só de Eta mundo bom!, grande sucesso de 2016, com 31 pontos em seu final.

Audiência volta à Globo

 

Ainda falando em dados do Ibope, a teledramaturgia global só tem o que comemorar em 2017: depois de uma queda expressiva em seu público, entre 2012 e 2014, a audiência diária da Globo saiu de 59,3 milhões para os atuais 64,4 milhões de espectadores – a maior desde o sucesso Avenida Brasil.

A bonança rendeu até matéria na Veja, no fim de agosto, com as quatro novelas líderes de audiência estampando a matéria: Novo Mundo, Pega-Pega, A Força do Querer e Os Dias Eram Assim. De quebra, vale lembrar que a temporada 2017 de Malhação e a reexibição de Senhora do Destino também estão “fazendo a lição de casa”, com bons resultados até agora.

Perfil do público

Essa mesma reportagem da Veja trouxe dados interessantes para quem analisa o comportamento do público de cada faixa de horário na TV. Separei os principais abaixo:

Malhação: 26% do público tem menos de 24 anos e assiste a novelinha fora da TV, em tablets, smartphones e computadores.

Novela das 18h: 45% da audiência é de mulheres com mais de 35 anos.

Novela das 19h: 13% de mulheres adolescentes e jovens até 24 anos, porcentagem que só perde para Malhação. O perfil é de quem chega da escola, vê a novela e comenta nas redes sociais.

Novela das 21h: Mantém a tradição de ser a faixa de horário nobre, que reúne toda a família. Mas com uma peculiaridade: 40% do público é masculino, a maior porcentagem de todas as faixas.

Novela das 23h: Faixa em que predominam pais e adultos solteiros, que gostam de tramas mais fortes. Um terço vêm das classes A e B.

Alice (Sophie Charlotte) e Renato (Renato Góes), protagonistas de Os Dias Eram Assim

A nova das 18h

Por sua vez, Tempo de Amar substituiu Novo Mundo apostando novamente em uma trama de época, agora ambientada no início do século 20, começando em Portugal e avançando para o Brasil na sequência. E surfou bem na onda da antecessora, cravando 25 pontos de média em sua primeira semana de exibição, a maior desde 2010. A novela de Alcides Nogueira e Bia Corrêa do Lago, baseada em um argumento de Rubem Fonseca, tem um visual lindo e elenco de coadjuvantes de peso. Já o casal de protagonistas é iniciante, ainda precisa mostrar a que veio…

Séries e especiais

Ocupando a faixa de Os Dias Eram Assim, estrearam séries e especiais bem interessantes – alguns prontos e disponíveis na plataforma GloboPlay desde o ano passado. Os destaques vão para Filhos da Pátria, sátira de Bruno Mazzeo sobre a corrupção brasileira desde a independência do país, com os ótimos Alexandre Nero e Fernanda Torres, e Cidade Proibida, no melhor estilo “detetive, policial e sacanagem”, estrelada por Vladmir Brichta – em fase impecável. Se você ainda não assistiu Bingo – O Rei das Manhãs, corra!

Enquanto isso, na Netflix

Estreou mês passado na Netflix uma comédia leve e descompromissada “com o selo Chuck Lorre” de humor: Disjointed, estrelada pela monstra Kathy Bates. Os dez episódios de meia hora cada são ambientados na loja de maconha da personagem de Bates, Ruth Whitefeather Feldman, uma ativista pela liberação da Cannabis desde os anos 1970. Cheia de gags e lugares comuns, estereótipos tão comuns às séries de Lorre – como Two and a Half Men e The Big Bang TheoryDisjointed até diverte, mas não é nada de mais.

100 anos dos Windsor

Outra dica da Netflix, agora nos documentários, é a série de seis episódios The Royal House of Windsor sobre o centenário de criação da dinastia , atual casa real britânica. Desde os conflitos internos durante a Primeira Guerra Mundial, e o sentimento de anti-germanismo que desencadeou a mudança dos Saxe-Coburgo-Gotha em Windsor, em 1917, pelo rei George V, até as polêmicas atuais envolvendo a rainha Elizabeth II e seu clã, o documentário é um prato cheio para os fãs da família real mais famosa (e vigiada) do mundo.

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