Rapidinhas TV e Cinema – Novembro

Nessa Rapidinhas, compilo algumas análises enxutas do que vi na TV e no cinema nas últimas semanas…

DC acertando, finalmente

Recém estreado, o filme da Liga da Justiça é uma grata surpresa. Depois de se afundar com a crítica em 2016 com os fiascos de Batman Vs Superman e Esquadrão Suicida, a DC “fez o seu” com êxito nos dois lançamentos do ano: Mulher Maravilha e agora a Liga, seu projeto mais ambicioso desde o início da fase de “universo expandido” iniciada com Homem de Aço. Vale dizer que nem tudo funciona, algumas piadas são forçadas e oportunidades desperdiçadas (principalmente para os fãs das HQs), mas é preciso admitir quando a DC acerta e entrega um filme redondo. Que continue assim e, de preferência, melhore ainda mais nos próximos filmes solo do Aquaman e do Batman (com ou sem Ben Affleck).

O terceiro é o melhor

Enquanto isso, nas estreias da Marvel, Thor Ragnarok é o melhor dos três filmes solo do herói nórdico interpretado por Chris Hemsworth: mais humor, menos tom dramático ou existencial nos embates entre o Deus do Trovão e o Deus da Trapaça, o carismático Loki (Tom Hiddleston), uma vilã “arrasa quarteirão” na pele da sempre ótima Cate Blanchett, e o retorno do Hulk (Mark Ruffalo) que não se leva a sério no divertido planeta Sakaar. Sem ambições, mas divertindo do início ao fim, Thor Ragnarok faz jus ao sucesso de bilheteria que vem tendo e antecipa o que virá em Vingadores 3 – Guerra Infinita, no ano que vem.

Comédia e suspense num “dia da marmota”

Outra estreia recente que diverte, mas não é nada demais, é A Morte te dá Parabéns, que mescla comédia e suspense em mais um exemplar dos filmes de pessoas presas em looping temporal, o famoso “dia da marmota” do clássico Feitiço do Tempo. Já é quase um subgênero – esse ano teve também a comédia Nu, de Marlon Wayans, que promete mais do que entrega. A estreante Jessica Rothe, que interpreta a protagonista, revela nuances de atuação além dos clichês e talvez surpreenda em outros longas.

Sucesso e “gosto de quero mais”

Queridinha da Netflix desde seu lançamento no ano passado, Stranger Things, nos entregou uma segunda temporada ainda mais incrível: nostalgia, referências, novidades, personagens mais desenvolvidos e introduzidos com eficiência, e um “gosto de quero mais” com seus 9 episódios (um a mais que em 2016). A única coisa chata é fora de cena, já que o elenco infantil não vem sendo tratado como deveria por parte da imprensa e dos fãs: enquanto Millie Bobby Brown, a Eleven, está sendo sexualizada aos poucos (ela só tem 13 anos!), Finn Wolfhard, o Mike, sofre com assédio dos fãs, dentro e fora das redes sociais, que já ultrapassa o bom senso.

Um culto que decepcionou

Em sua sétima temporada, a antologia American Horror Story voltou a nos decepcionar: depois da reinvenção do conceito com Roanoke, no ano passado, que surpreendeu público e crítica, a série de Ryan Murphy trouxe em Cult uma história que demorou a engrenar e, na reta final, se atropelou e desperdiçou uma boa trama de culto político e social no contexto de paranoia gerado pela eleição de Donald Trump. Já sabemos do que Sarah Paulson e Evan Peters são capazes há sete anos (a dupla é a única que estrela todas as temporadas, salvo engano). Ver seus talentos mal aproveitados é frustrante. Prefiro ver Murphy em suas novas empreitadas: American Crime Story e Feud, ambas rumo às segundas temporadas em 2018.

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