Reflexão: Toda família tem seu Fredo

Lançada em 1972, a obra-prima The Godfather está completando 50 anos. Em meio à edições especiais (o terceiro capítulo reeditado ficou sensacional, na versão CODA) e até uma série (The Offer) sobre os bastidores do “maior filme da história que quase não foi feito”, muitas reflexões surgem sobre os Corleone.

Afinal, a saga de Dom Vito e seus descendentes diz mais sobre família do que sobre o mundo da máfia. É por isso que a história é universal, atemporal, como uma tragédia grega.

E infelizmente, toda família tem seu Fredo. Aquele filho, irmão ou tio que não toma posições, que se omite, se acovarda, ou então que sempre escolhe o caminho mais fácil. Ou que parece mais fácil. E que, cedo ou tarde, acaba pagando o preço. Afinal, quem não aprende no amor, aprende na dor…

Não que os “Fredos” mereçam o mesmo fim fratricida do original, vivido por John Cazale. Mas muitas vezes eles acabam sendo esquecidos, relegados a um segundo plano justamente pela covardia com que se escondem de tudo e de todos. Somem sem dar o menor sinal, voltando depois com uma cara deslavada e ar de vítima, como se todos fossem obrigados a aceitá-los.

Em meio a tantos personagens e tipos humanos marcantes que O Poderoso Chefão entregou à cultura pop mundial, fica aqui o pedido: não seja um Fredo na sua família!

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