Os 14 melhores episódios de Supernatural

Acompanho Supernatural desde 2010, quando maratonei as cinco primeiras temporadas aguardando ansioso a estreia da sexta. Escrevi por três anos as reviews do antigo portal Box de Séries sobre a saga dos Winchester entre a 8ª e a 10ª temporadas.

Tudo que é bom um dia acaba, até mesmo séries longevas e com um fandom expressivo como Supernatural, da CW. Sua 15ª temporada, que estreia no segundo semestre de 2019, será a última, com 20 episódios.

Estrelada por Jensen Ackles e Jared Padalecki – respectivamente, Dean e Sam Winchester – os irmãos já enfrentaram diversas ameaças sobrenaturais, salvando nosso mundo e outras dimensões, além de visitar céu, inferno, limbo e purgatório e morrerem um bocado de vezes desde a estreia, em 2005.

Ao lado do anjo Castiel (Misha Collins) e de aliados inesquecíveis como o rei da Encruzilhada Crowley (Mark Sheppard), a saga dos Winchesters marcou seu lugar ao sol com o lema “salvando pessoas, caçando monstros: o negócio da família”.

Com a rara marca de 300 episódios lançados, todo fã e espectador sazonal sabe que existem aqueles capítulos inesquecíveis, e outros tantos fillers. Nessa lista, separamos os 14 melhores episódios de Supernatural (um por ano, além de algumas menções honrosas), para dar início à maratona nostálgica dos hunters até a estreia da temporada final.

Ao som do tema clássico do Kansas, vamos lá? Carry on my wayward sons!

Season 1: “Home”

O retorno dos Winchesters à casa de infância marcou um ponto de virada para a série, que inicialmente tinha apenas episódios no modelo “caso da semana”. “Home” também trouxe um monstro da vez, mas nos apresentou à sensitiva Missouri (que poderia ser revivida na temporada final, diga-se) e vimos o fantasma da mãe Mary, além da revelação de que John estava secretamente na cidade de Lawrence. Ainda na primeira temporada, a menção honrosa vai para “Devil’s Trap”, o começo do fim para John Winchester (Jefrey Dean Morgan), que fez muitos fãs derramarem lágrimas, mas que introduziu o querido Bobby Singer (Jim Beaver) na série.

Season 2: “In My Time of Dying”

Esta não foi a primeira vez que Dean chegou perto da morte – nem seria a última –, mas a sua batalha com um ceifador foi um verdadeiro obstáculo. Com suspense, emoção e humor, “In My Time of Dying” estabeleceu um padrão a ser seguido nas estreias das próximas temporadas ao fazer John se sacrificar para salvar o filho.

Season 3: “Mystery Spot”

No melhor estilo Dia da Marmota, onde se morre e retorna ao mesmo dia infinitamente, Dean morreu de formas hilárias e criativas (“Será que esses tacos são engraçados para você?”), para desespero de Sam por ter que ver a morte de seu irmão repetidas vezes, a obra maligna do Trickster foi genial. A terceira temporada se encerra de forma trágica e emblemática, ao som de “Dead or Alive”, de Bon Jovi, quando Dean precisa acertar as contas com os Cães do Inferno no pacto que fez para salvar Sam no ano anterior…

Season 4: “Lazarus Rising”

Antes de “The Monster At the End of This Book” ter introduzido metalinguagem nas vidas de Dean e Sam (quem não ficou impactado ao conhecer o profeta Chuck (Rob Benedict) e a série de livros Supernatural?) e de “In the Beginning” revelar que a matriarca Mary Campbell (Samantha Smith) era uma caçadora, esta season premiere deu o tom para o que seria um ano de mudança para os Winchesters. Em uma das cenas mais icônicas da série, Dean conheceu o anjo que o salvou do Inferno: Castiel. Depois disso, Supernatural nunca mais seria a mesma.

Season 5: “Swan Song”

Impossível falar da quinta temporada e não escolher a season finale como destaque. Não só o episódio foi um dos melhores trabalhados em roteiro e atuações, como ali seria o fim de Supernatural, segundo planejamento inicial do showrunner Eric Kripke. A batalha final entre Lúcifer e Miguel, usando Sam e Dean, depois Adam, como receptáculos; o sacrifício de Sam, tudo ali estava no lugar! A menção honrosa, mais leve e divertida, fica com o episódio de paródias televisivas “Changing Channels”, mais uma pegadinha do Trickster com os irmãos, quando se revela ser o arcanjo Gabriel.

Season 6: “The French Mistake”

A sexta temporada foi irregular, mas existe uma unanimidade: “The French Mistake”. Clássico de quebra da quarta parede, o episódio nos trouxe a viagem dos irmãos a um universo em que eles eram Jensen Ackles e Jared Padalecki, as estrelas de um programa de TV chamado Supernatural. Poderia ter sido um fiasco, mas é uma das mais hilárias opções criativas dos roteiristas até hoje. Destaque para a volta de Genevieve Cortese, a Ruby morena, como esposa de Jared/Sam – assim como fora das câmeras.

Season 7: “Death’s Door”

O desaparecimento da única figura paterna sobrevivente dos Winchesters, Bobby, seria de partir o coração, não importando quando acontecesse. Mas depois de dar uma olhada em seu passado conturbado e abusivo e sua devoção ao longo da vida para Dean e Sam, a perda do amado personagem era ainda maior.

Season 8: “As time goes by”

Com mais de meia dúzia de temporadas, o show provou que ainda tinha alguns truques na manga. Depois de encontrar seu avô paterno durante uma viagem no tempo, Dean e Sam descobriram que tinham origem em uma longa linha de historiadores iniciados, os chamados Men of Letters, uma espécie de “Maçonaria de caçadores”. Exatamente quando parecia que sabíamos tudo o que havia para saber sobre os Winchesters, a reviravolta aprofundou a mitologia da família, deu aos garotos uma base como “legados” e proporcionou uma riqueza de histórias. Além do bunker, usado até hoje na saga.   

Season 9: “Bad Boys”

Demorou um pouco, mas o show finalmente encontrou a encarnação perfeita do jovem Dean na pele de Dylan Everett. O novo insight sobre a criação do personagem como caçador fez alguns fãs desejarem um spin off sobre os Winchesters na juventude.

Season 10: “Fan Fiction”

O episódio 200 foi uma homenagem explícita ao fandom de longa data da série, celebrando o sucesso do programa da CW. E nunca houve uma carta de amor mais doce e mais envolvente para o público do que este musical com estudantes de uma escola, a partir da perspectiva metalinguística de que Supernatural era uma história cultuada (alô, Chuck). E ainda tivemos uma tocante versão em coro de “Carry on my wayward son”.

Season 11: “Just My Imagination”

Sim, “Baby” foi uma grande homenagem ao “terceiro personagem” principal de Supernatural, o Impala 1967. Mas “Just my Imagination”, o episódio sobre amigos imaginários sendo assassinados, roubou a cena ao ir além de um clássico “caso-da-semana”. Foi engraçado de forma bizarra, e ainda fez conexão pessoal com a infância de Sam.

Season 12: “Who We Are”

O penúltimo episódio da temporada nos deu um emocionante final para o covarde braço britânico dos Men of Letters, bem como uma das cenas mais catárticas do show, quando Dean lançou todas as suas emoções reprimidas sobre a mãe Mary. Na sequência, tivemos o perturbador nascimento de Jack, o filho neflim de Lúcifer, que viria surpreender os fãs – para o bem e para o mal.

Season 13: “ScoobyNatural”

Treze anos depois, Supernatural mais uma vez provou que ainda tem algumas ideias inteligentes na manga durante um delicioso crossover animado com ScoobyDoo. Podemos, por favor, repetir a dose no último ano?

Season 14: “Lebanon”

Jeffrey Dean Morgan de volta para o episódio 300! Sam e Dean precisam lidar com estranhos objetos confiscados de uma loja, entre eles um artefato oriental que realiza o “desejo mais profundo de seu coração”. Ao tentarem utilizar o objeto para se livrar do arcanjo Miguel (preso na mente de Dean durante parte da temporada), acabam “trazendo de volta” o patriarca John Winchester, direto de 2003. Emoção a flor da pele no jantar que marca, pela primeira vez em 14 temporadas e 300 episódios, a reunião de John, Mary, Sam e Dean.

Fonte: Hollywood Reporter e TV Line

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